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Exames

A manometria esofágica é um exame complementar que estuda a função motora do esôfago e as relações com seus esfíncteres superior e inferior.

Ela oferece informações com relação ao peristaltismo e à pressão dos esfíncteres esofágicos ajudando no diagnóstico dos distúrbios motores hipocontráteis como a Motilidade Esofágica Ineficaz (associados à sintomas de disfagia e globus), dos distúrbios hipercontráteis como o Esôfago em Quebra Nozes que em alguns casos são relacionadas às dores torácicas de origem não cardíaca, dos distúrbios relacionados à velocidade da condução como no Espasmo Esofageano, além de auxiliar na investigação de algumas afecções como a Doença de Chagas e as Doenças do Colágeno como Lúpus e Esclerodermia.

A presença dessas alterações auxilia o médico que acompanha o paciente na indicação de um tratamento mais conservador (mudanças comportamentais e medicação) ou tratamento cirúrgico.

Por se tratar de um exame ambulatorial sem sedação o paciente necessita apenas do jejum de 6 a 8 horas e parar por pelo menos 3 dias as medicações que interferem no peristaltismo do esôfago (Metoclopramida, Plasil®, Bromoprida, Digesan®, Domperidona, Peridal®, Trimebutina, Digedrat® e Dramin®).

O exame consiste na passagem de uma sonda de pequeno calibre por uma das narinas, com auxílio de anestesia local em gel, que irá até o estômago, sendo retirada lentamente para avaliação da função motora do esôfago enquanto o paciente ingere pequenas quantidades de água.

Após o exame o paciente é liberado tendo a condição de se alimentar, dirigir e trabalhar normalmente.

A pHmetria intraluminal esofágica de 24h é um exame complementar de grande importância no estudo da doença do refluxo gastroesofágica (DRGE) porque consegue determinar a presença, a intensidade e a relação do refluxo com os sintomas do paciente.

Ela pode ser realizada com 1ou 2 sensores, posicionados corretamente 5cm acima do esfíncter inferior do esôfago (EIE) e no esfíncter superior do esôfago (ESE); pode ser feita em uso das medicações que bloqueiam o ácido (IBPs) como o Omeprazol, Pantoprazol, Nexium® quando a intenção é avaliar a eficácia do tratamento medicamentoso na persistência dos sintomas, ou sem uso de (IBPs) para traçar um perfil adequado do refluxo do paciente (nesse caso é necessário suspender as medicações para refluxo pelo menos 7 dias).

Para o posicionamento adequado dos sensores de pHmetria é necessária a realização da manometria esofágica prévia para localização dos esfíncteres. O posicionamento incorreto dos sensores pode fornecer resultados falso positivo ou negativo aos pacientes.

A pHmetria pode ser realizada também em crianças de todas as idades para diagnosticar a presença da doença do refluxo uma vez que os exames de Ultrassonografia e Cintilografia mostram a presença ou ausência do refluxo apenas no momento do exame e o estudo de 24h, com a criança em casa, mantendo sua rotina normal, mostra a quantidade de refluxo e suas relações com a alimentação, sono e sintomas.

Além dos sintomas típicos do refluxo como a pirose e a regurgitação ácida o paciente pode apresentar manifestações atípicas como tosse crônica, asma, pigarro, pneumonia, bronquiectasia, rouquidão, sinusite, otite, erosão dentária, mau hálito e afta sendo a pHmetria um exame de interesse para várias especialidades além da Gastroenterologia e da Cirurgia do Aparelho Digestivo como: Pneumologia, Reumatologia, Otorrinolaringologia e Pediatria.

Assim como na manometria esofágica a pHmetria consiste na passagem de uma sonda de pequeno calibre na narina do paciente com o auxilio de anestésico local em gel.

Essa sonda é fixada no rosto e no tórax com Micropore® e é conectada à um aparelho que o paciente leva para casa para manter sua rotina normal e anotar alguns dados específicos solicitados pelo realizador do exame.

A manometria anorretal estuda a função motora dos esfíncteres da região anal sendo importante na avaliação dos pacientes com queixas de incontinência, obstipação intestinal, fissuras anais, hemorroidas etc.

Ela estuda as pressões de repouso do esfíncter anal durante os movimentos de contração e expulsão das fezes, sendo possível avaliar se o paciente consegue manter uma contração adequada , se ele tem sensibilidade com a chegada das fezes no reto e se esse reto tem uma capacidade aumentada ou diminuída em armazenar as fezes antes de iniciar a evacuação.

Esses dados são importantes na determinação do tratamento clínico (mudanças comportamentais e biofeedback) ou tratamento cirúrgico na região.

O biofeedback é um “exercício†realizado durante a manometria anorretal para melhorar a qualidade da contração ou da expulsão na região anal.

Para a realização da manometria anorretal o paciente não necessita de preparo, durante o exame é passado uma sonda de pequeno calibre na região anal com auxílio de anestésico local em gel e essa sonda é retirada lentamente para avaliação dos parâmetros acima citados.

Após o exame o paciente é liberado podendo continuar sua rotina normal.

A impedâncio pHmetria de 24h é um exame complementar padrão ouro no estudo da doença de refluxo gastroesofágico (DRGE).

Segundo o III Consenso Brasileiro de DRGE é o exame de escolha nos casos de manifestações atípicas como tosse seca, pigarro etc.

Ela é composta de 1 ou 2 sensores de pHmetria e mais 6 pares de eletrodos de impedância que avaliam de forma mais sensível se o refluxo é ácido ou não ácido, se é composto de gás (refluxo gasoso), se chega até o esôfago proximal, quanto tempo ele permanece banhando essa região e como o esôfago promove o “clareamento†desse conteúdo.

Assim como na pHmetria a ImpedânciopHmetria é realizada em jejum e necessita da localização dos esfíncteres inferior (EIE) e do superior (ESE) do esôfago por manometria para adequado posicionamento dos sensores.

Quando o paciente apresenta sintomas atípicos como Tosse, Pigarro, Rouquidão e já foram realizados outros testes como laringoscopia, endoscopia e pHmetria sem resultado positivo a impedâncio deve ser realizada em uso de IBP dose plena para bloquear o ácido e mostras apenas o efeito do refluxo não ácido no esôfago.

A passagem da sonda ocorre de forma semelhante à pHmetria e o paciente vai com o aparelho para casa onde mantém a rotina normal.